Perante a morte e ressurreição do Cristo que se aproxima, gostaria de levantar um questionamento: qual é o papel do mestre?
Ligando para a parte religiosa ou não, qualquer um que olha para Jesus consegue reconhecer algo inegável: Ele conseguiu educar os discípulos. E, mais do que isso, continua educando dois milênios depois. Como a educação tem sido campo de discussão nos últimos tempos, nada melhor do que aprender com o melhor.
A educação de Cristo é certeira, não só porque Ele é a Verdade, mas também porque Ele faz tudo com autoridade. Em um mestre, o que educa (primeiramente) não é o conteúdo, mas sim a pessoa. Então, como foi que Cristo educou os seus discípulos? Simplesmente existindo. Jesus não escreveu livros, não ensinou idiomas e matemática aos discípulos, nem nada disso. Jesus viveu. Jesus falou. E, ao falar, falava com autoridade. Ou seja, Ele fazia o que ensinava, vivia do que ensinava, era o que ensinava.
Uma pessoa que fala com autoridade e fala a verdade não pode ser vencida. A mentira não pode, em hipótese alguma, vencer a verdade. Toda vez que tenta, embora provoque mortes, comprova mais uma vez que a morte não é o fim de tudo. Um mestre que educa com autoridade, embora morra, continua vivo em seus alunos. Cristo, diferente de todos os mestres, continua realmente vivo e em todos os aspectos que se pode imaginar (nos que não se pode também). Entretanto, se pegarmos como exemplo Sócrates que, diferente de Jesus, não é Deus, poderemos observar que o filósofo grego, mesmo envenenado, viveu em seus alunos e em toda a civilização ocidental.
O professor, necessariamente, precisa estar preparado para educar a todo momento. Prestes a beber um veneno mortal, enquanto tem suas vestes arrancadas, recebe bofetões e cusparadas. Enquanto é agarrado brutalmente, crucificado e, até mesmo, quando está morrendo no alto da cruz e vê sua própria mãe unida a um único aluno.