O casamento é visto das maneiras mais diversas. Contudo, ele é visto principalmente como um campo de batalha no mundo moderno. Na cabeça de muitos cidadãos brasileiros, o marido sempre quer trair e ludibriar a mulher, enquanto a mulher quer dar o troco para “não ficar por baixo”. Ou a mulher quer trair, ludibriar e o homem sai como “o corno”, sendo zuado por todos os amigos. Embora isso pareça muito comum e as músicas, principalmente o sertanejo universitário, cantem a vida desse modo, existe uma maneira de viver melhor do que essa.
Primeiramente, precisamos compreender para que o homem foi criado. O homem foi criado para ser feliz, mas só é possível ser feliz sendo bom. Assim, um casamento é feito para a felicidade mútua do casal. A felicidade, entretanto, não é um estágio em que todos os nossos prazeres são alcançados, mas sim a proximidade do homem com a sua finalidade última: unir-se a Deus.
Se o casamento não serve para colocar chifre, chorar a dor de ser traído nem nada disso, para que ele serve então? O casamento serve, justamente, para unir um homem e uma mulher com o propósito de constituir uma família e levá-la para o céu (que é o auge da felicidade). O sacramento do matrimônio não é somente um evento bonito, uma noite de glamour ou algo assim, mas é a união de duas pessoas que se tornam uma só carne. Esse sacramento não consiste somente na parte vista pelo público no altar, mas principalmente no cumprimento das promessas feitas nesse momento.
Os votos do casamento já começam com um dos pontos bases: prometo ser fiel. Não é somente o homem que promete ser fiel, nem somente a mulher, mas sim os dois. A fidelidade não consiste somente em não ter relações sexuais com outros, mas também em guardar até mesmo o olhar e o pensamento. “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher já adulterou com ela em seu coração.” (Mt 5, 28) Pode um casal durar muito tempo junto sem essa fidelidade e sem a confiança que provém dela?
Logo depois, promete-se amar e respeitar. Esse amar, longe de ser um sentimento, é algo bem concreto. A medida do amor é Cristo. Deus que se fez homem, foi chicoteado, humilhado e entregou, livremente, a sua própria vida. É com essa medida que o homem deve amar a mulher e a mulher deve amar o marido.
As condições em que se deve amar o cônjuge? Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte separe. Ou seja, em todas as circunstâncias eles devem continuar amando um ao outro. Quer um relacionamento mais seguro do que isso? Impossível. Todas as tentativas de sair disso geram, no fim, destruição.
Seguindo isso, o relacionamento do homem e da mulher se torna semelhante a Jesus sendo ajudado por Simão de Cirene. Nessa vida haverá dificuldade, haverá cruz. O cônjuge está ali justamente para ajudar a carregar essa cruz e completar o sacrifício por amor. A mulher está grávida, por exemplo, e estar em trabalho de parto dói. Contudo, se a mulher desistir, o filho não nasce. É preciso um sacrifício e é ali que o homem deve estar nesse momento, para que a mulher suporte a dor e o filho venha ao mundo. O homem por vezes estará cansado do trabalho e precisará retomar as forças para continuar no dia seguinte. É preciso um sacrifício e é lá que a mulher deve estar nesse momento, para que o homem suporte as dificuldades e traga o sustento para casa. Além desses exemplos, existem muitos outros: quando o trabalho da mulher se torna árduo, doenças, problemas etc.
Você que é casado, deixe nos comentários situações difíceis pelas quais você e o seu cônjuge passaram juntos.